Como devem ser tratados casos de racismo dentro da escola?

Não há uma receita pronta.
Até porque, o nosso professor e nós todos temos dificuldade de identificar uma atitude racista.

O aluno sente isso e o professor passa a mão pela cabeça, porque ele não tem como resolver. Ele não tem estratégias, não tem traquejo para resolver essa questão. Em segundo lugar, o professor também não tem identidade.

Ele não sabe, na verdade, a que grupo étnico ele pertence. Isso é uma questão muito séria.

Apesar de não existir receita, um professor, enquanto educador que lida com a diversidade na sala de aula, tem que estar trabalhando muito atento com os seus alunos, a fim de que esses alunos se sintam iguais uns aos outros.

O professor tem que pregar a igualdade, porque todos estão na mesma sala de aula, na mesma condição. Ele tem que ter esse discurso o tempo inteiro.

Na verdade, a criança, por si só, não é racista. A criança reproduz o que vivencia em casa ou na própria sociedade. Antes de nós crucificarmos o menino que teve uma atitude racista, a escola deve chamar os pais e fazer esse trabalho de conscientização.

O trabalho que uma escola precisa desenvolver é um trabalho muito mais amplo do que uma disciplina no currículo. É um trabalho de convivência, de respeito entre o professor e o aluno; o aluno com o professor, com o servente da escola, com a direção, com o homem que vende ali na quitanda, com o vizinho, com a moça da cantina, com o da limpeza.

Nós precisamos desenvolver uma cultura do respeito.

* Esse material é um recorte de uma apostila que elaborei para as escolas da rede de Japeri, a partir do material enviado pela SECAD( Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.

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